Existe vida além do Kindle

Só não no Brasil

carinavD
Galuba

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Como você deve saber, eu fundei minha editora, a Galuba Editorial, que é focada em e-books. O que significa que estou de olho no mercado de livros digitais, pois impacta diretamente minha empresa e estratégia.

No Brasil, o primeiro e-reader que chegou mesmo foi a Kobo, em parceria com a Livraria Cultura. Eles inclusive lançaram o aparelho à prova d’água anos antes do Amazon. Mas a verdade é que a Kobo demorou pra se expandir para além da Cultura, que atualmente está em recuperação judicial e quase decretando falência. Hoje em dia, para conseguir comprar um aparelho Kobo aqui no Brasil tem que querer MUITO, pois não é fácil.

Aos poucos, (e sem precisar fazer muito esforço, diga-se de passagem) a Amazon foi dominando esse mercado. Hoje em dia é quase impossível você comprar outro aparelho que não o Kindle no Brasil — o que limita o mercado, tanto to ponto de vista do leitor quanto da editora, em vários sentidos. Inclusive porque a Amazon tem um formato próprio de e-book e praticamente te prende a comprar com eles os livros digitais. Você compra o aparelho e a empresa garante a sua fidelidade para todo o sempre.

Essa foto é do XIAOMI MOAAN W7 10.3 Inch E-Reader

Mas existe um infinito de aparelhos sensacionais, conhecidos como e-notes ou e-ink que são verdadeiros cadernos e livros em um único aparelho. Eles tem canetas com diferentes estampas, áudio embutido e tecnologia de voz (você dita e ele escreve para você), você escreve com a caneta, ele reconhece e converte em texto, entre várias outras funções. A maioria está no mercado Chinês, rodando pouco o mundo, mas você está prestando atenção que eles tem opções? Várias, inclusive? A ponto de ter vídeo de TOP 10 melhores marcas? Nossas opções aqui no Brasil são: Kindle 10ª geração ou o Kindle Paperwhite.

Enquanto eles estão discutindo se a canetinha ter estampa de bolinha vai fazer diferença no marketing, a grande evolução do Kindle disponível no Brasil é… ser a prova d’água.

O futuro tecnológico já chegou. Só não no Brasil.

O review do top 10 e-Readers. O Kindle nem entra nessa lista. São todos de companhias orientais, principalmente Chinesas.

Obs. A Xiaomi, que chegou no Brasil forte com os celulares em 2015 e saiu em 2016, anunciou esse ano o lançamento de um e-reader concorrente do Kindle, que teria lançamento mundial. Vi as notícias sobre o lançamento, mas confesso que nunca vi vendendo por aqui, nem ninguém que use.

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carinavD
Galuba
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Escrevo sobre mercado editorial, gordofobia e umas análises não muito profundas sobre tecnologia.